Manuscritos
Manuscritos da Fundação Frei Simão Dorvi
A seção de manuscritos da Fundação Frei Simão Dorvi constitui um dos núcleos mais valiosos do acervo, reunindo documentos históricos que remontam ao período colonial e atravessam os séculos XVIII, XIX e XX. Trata-se de um patrimônio de inestimável relevância para a compreensão da história social, cultural, política e religiosa da Cidade de Goiás e de todo o estado.
Diversidade Documental
Entre os manuscritos preservados encontram-se:
Atas da Câmara e do Senado da antiga Vila Boa de Goiás, que revelam o funcionamento da administração pública, as disputas políticas e a organização social da época;
Correspondências oficiais e particulares, muitas delas escritas por governadores, autoridades eclesiásticas e figuras históricas de destaque, que permitem reconstituir redes de poder, comunicação e influência;
Documentos eclesiásticos, como registros de batismos, casamentos, óbitos, crismas e dispensas matrimoniais, fundamentais para os estudos genealógicos e demográficos;
Cartas régias, provisões e alvarás, que atestam a relação da Capitania de Goiás com a Coroa Portuguesa e os desdobramentos da colonização;
Inventários, escrituras e testamentos, fontes ricas para entender a estrutura econômica, a circulação de bens e o cotidiano da população local.

Selo do Conde dos Arcos
Uso Acadêmico e Comunitário
Os manuscritos da Fundação Frei Simão Dorvi têm sido amplamente utilizados em monografias, dissertações e teses, especialmente por pesquisadores da Universidade Estadual de Goiás (UEG) e de outras instituições. Além do meio acadêmico, eles também fortalecem o senso de identidade local, servindo de base para projetos de extensão, exposições culturais e ações educativas, que aproximam a população da própria história.

Carta do Conde dos Arcos
Valor Histórico e Científico
Os manuscritos são mais que documentos antigos: representam testemunhos vivos de experiências humanas. A escrita à mão, as marcas do tempo e a singularidade de cada registro transportam o pesquisador para épocas distintas, revelando a linguagem, a mentalidade e os conflitos de cada período. Por esse motivo, constituem material indispensável para pesquisas acadêmicas nas áreas de História, Arquivologia, Antropologia, Direito e Estudos Culturais.
Preservação e Acesso
Compreendendo a fragilidade do papel e a ação do tempo sobre os suportes físicos, a Fundação desenvolve projetos de digitalização e transcrição paleográfica de seus manuscritos.
Digitalizações: permitem não apenas proteger os documentos originais, evitando seu manuseio excessivo, mas também democratizar o acesso por meio de versões digitais em alta e baixa resolução.
Transcrições: realizadas por especialistas, possibilitam a leitura e interpretação de textos em ortografia arcaica e grafia difícil de decifrar. O trabalho paleográfico garante que o conteúdo esteja disponível para pesquisadores, estudantes e para a comunidade em geral, sem perda de autenticidade.